No final do século XIX, os franceses têm uma obsessão: reconquistar a Alsácia e a Lorena, que haviam perdido para a Prússia em 1870. Mais do que isso, precisavam recuperar o orgulho ferido durante a ocupação alemã, uma das mais humilhantes impostas a uma nação outrora vencedora. Em 1894, uma ocasião de vingança anuncia-se: os serviços de contra-espionagem francês descobre um documento endereçado ao adido militar da embaixada da Alemanha em Paris. Neste documento, encontram-se informações secretas sobre o material de artilharia francesa. Não interessava ao exército organizar um longo processo a fim de descobrir o responsável pelo vazamento das informações: era necessário encontrar rapidamente um culpado.
Com base na assinatura do dossier comprometedor, concluiu-se que a letra era do capitão Dreyfus, um jovem oficial de 35 anos, judeu, alsaciano, ou seja, aos olhos dos contemporâneos, praticamente um alemão. Feita a análise grafológica, o capitão Dreyfus foi preso por espionagem e declarado culpado de alta traição. Embora protestasse inocência, o capitão foi condenado à degradação e à deportação na Guiana, no forte da Ilha do Diabo. A família Dreyfus, convencida de sua inocência, busca auxílio político para obter a revisão do processo, porém nada consegue (continua).
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