domingo, 21 de março de 2010

Um enxadrista nas horas vagas





Monteiro Lobato costumava jogar xadrez com o futuro sogro enquanto esperava Purezinha. As cartas endereçadas ao escritor mineiro Godofredo Rangel revelam que além de discutir muita literatura, os dois amigos jogavam por correspondência. Infelizmente não consegui reconstituir nenhuma partida reunindo os lances dispersos ao longo das missivas. O grande especialista Edgar Cavalheiro, autor de Monteiro Lobato: Vida e Obra, conta-nos que o autor de Urupês, como aliás todo enxadrista, não gostava de perder. Quando percebia que o adversário ia ganhar uma peça, voltava o lance. Ora, não sejamos tão exigentes, em partidas entre amigos, a desobediência às regras é frequente e perfeitamente tolerável se admitida para ambos os lados.

Recomendo a leitura de "A facada imortal", do livro Negrinha. No início, o narrador faz referência a André Danican Philidor, músico e enxadrista do século XVIII e considerado pai do xadrez moderno. Trata-se de um conto primoroso, considerado obra-prima do gênero!

Um comentário:

  1. ...e o desejo de jogar uma partinha de xadrex só cresce toda vez que eu visito o seu blog! hehehhehe

    fiquei curiosa para ler essa "A Facada Imortal".

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